Entrevista com Patrícia Costa do Ateliê Artes e Estandartes

Olá amigos,

hoje é dia de entrevista e nossa vítima de hoje é a Patrícia do Ateliê Artes e Estandartes.

Patrícia é super tímida, mas muuuuuito gente boa, é daquelas pessoas que fazem a gente rir o tempo todo, é super divertida e talentosa. Ela faz trabalhos lindos em feltro e estandartes, grandes e pequenos para os turistas levarem de lembrança.

Vamos conferir a entrevista?

1- Há quanto tempo você trabalha com artesanato?

Difícil falar... Invencionices sempre foram meu hobby! Quando adolescente eu gostava de pintar. Ah, mas hoje, pela política nacional, pintura não é mais considerada artesanato não é... Depois comecei uma época a fazer ponto cruz, mas logo enjoei. Daí, pelos idos de 2004, participando de uma puxada de mastro, (para quem não é do Espírito Santo, é um evento festivo e cultural que ocorre em janeiro e termina com a fincada do mastro, em homenagem, na maioria das vezes, a São Benedito) me encantei com os estandartes alusivos ao evento – que são muito grandes - e inventei uma forma de fazer com que os turistas pudessem levá-los consigo de lembrança, conhecendo assim um pouco da cultura capixaba.

Depois disso, comecei a fazer bijuterias... E me apaixonei pelo feltro como elemento de trabalho e comecei a produzir peças, mais alegres e joviais.

2- Além de artesã você tem outra atividade?

Sim, trabalho com Turismo (sou turismóloga de formação) e Educação Ambiental (minha especialidade)

3- Onde você busca inspiração?

Na minha vivência profissional - nas áreas de turismo e meio ambiente – e em objetos que eu gostaria de ter e, muitas vezes, não encontro. Aí faço.

 

                           Porta anéis e pulseiras em feltro                  Colares e acessórios

4- O que você define como um trabalho perfeito?

Trabalho perfeito é aquele que se faz com carinho, atenção aos detalhes, enfim, cuidado, e tem como recompensa o retorno merecido pela sua qualidade: valorização e remuneração adequada.

5- Quais suas maiores dificuldades no seu trabalho?

Minha divulgação ainda é pequena, mais restrita aos conhecidos. Tenho uma página no Facebook e agora estou criando um blog para melhorar essa parte. A comercialização também é complicada.

Outra dificuldade que vejo, mas não apenas para mim, como para todos que fazem artesanato, é a cultura geral do consumo das coisas industrializadas, em detrimento do artesanal. Quero dizer: As pessoas tendem a valorizar – e consequentemente comprar e pagar mais – pelo objeto produzido em série, igual a 100 mil outros, sem discutir preço; e quando se interessam por uma peça única, artesanal, querem desconto!

6- Quais seus maiores desafios?

Fazer com que meus mini-estandartes, sejam vistos e valorizados como peças de divulgação da cultura capixaba.

Estandarte alusivo ao Congo de Vila Velha

7- O que te dá mais prazer no seu trabalho?

Ah, adoro inventar! rsrs... Mas dá muito prazer quando uma pessoa olha, gosta – e claro, compra – uma peça minha.

8- Que dica você daria para os iniciantes nesta arte?

Eu nunca procurei ninguém para me ensinar... Via as coisas e ia tentando até aprender a fazer, do meu jeito. 

A dica que posso dar é até considerada frase chavão, mas é importante: Invente, tente e faça diferente.

9- Quais os diferenciais dos seus trabalhos?

Irreverência, colorido, alegria... e  valorização de elementos da cultura capixaba.

Estandarte do Parque Estadual de Itaúnas

10- Quais os materiais que você usa e entre elas qual você mais gosta e porque:

Hum... já até falei lá na primeira resposta: hoje trabalho mais com o feltro. Amo feltro. E, para os estandartes, uso de tudo: feltro, chita, fitas, etc, etc.. o que aparecer, for alegre e colorido. Como a vida.

11- Quais as características que você considera essenciais para um bom resultado do seu trabalho?

Atenção aos detalhes é essencial.

12- Como você divulga seu trabalho?

Funciona mais por indicação, no “boca-a-boca”... No meu ateliê, que funciona na minha casa, em Itaúnas, as pessoas que passam, olham e entram para conhecer. E agora, via Facebook e blog.

 

13- Como você desenvolveu sua técnica?

Como eu disse acima, nunca tive professor. Fui fazendo e aperfeiçoando. Continuo fazendo isso, aliás.

14- O que te deixa feliz e o que te chateia como artesã?

Qualquer “mãe” fica feliz ao ter sua “cria” elogiada!

Chato é quando você vê como o artesão é pouco valorizado.

15- O que você deseja e almeja com sua arte?

Ser reconhecida e valorizada, claro.

16- O primeiro pensamento ao acordar:

“Hoje o que eu quero é que o dia termine bem/ hoje o que eu quero é que o dia termine muito bem!”

17- O que você espera “do amanhã”? Quais os seus planos para o futuro?

Mostrar o meu trabalho para mais e mais pessoas, e que estas também admirem e conheçam a cultura capixaba.

  

18- O que está achando de participar do “Miscelânea das Artes”?

Ótimo! Adorei conhecer as pessoas que compõem esse grupo, todas talentosas e com um astral acima das nuvens.

19- Deixe aqui uma mensagem especial aos amigos que vão ler sua entrevista:

Comece fazendo o necessário, depois faça o que for possível, e finalmente estará fazendo o impossível - Francisco de Assis.

E ai? Gostou da entrevista da Patrícia?

Nós adoramos! e suuuper indicamos!

Então venha conhecer mais um pouco do seu trabalho:

no face: www.facebook.com/arteseestandartes

no blog: www.arteseestandartes.blogspot.com.br

Telefone para contato

(27) 8815-3212

Indo à Itaúnas, o Ateliê está localizado em frente à Pracinha dos Brinquedos, próximo ao Supermercado Varandão, ao lado da Pousada João de Barro.